O sol e a lua - Sérgio Carvalho

sábado, 17 de agosto de 2013




   Sonho perdido    

Eu choro a desventura, a triste dor
Os ideais perdidos pela vida
Em cada tombo, enfim, em cada amor
Sem ter onde amparar a alma perdida

Em versos salpicados de pavor,
Das noites de desgraça tão sofrida,
Nas lágrimas de dor na despedida
Restando apenas vidas sem sabor

E como a flor que o chão enfeita, assim
Em pétalas morridas ao luar
Que varre a bruma e as joga em alto mar

E espalha teu perfume neste fim
Que a morte seja assim, feito uma flor
Tão perfumada em meio a tanta dor.

Um comentário:

  1. "Que a morte seja assim, feito uma flor
    Tão perfumada em meio a tanta dor."

    Perfeito! Um soneto de mestre, meu caro!

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