NOITES DE CHUVA
Não gosto, quando à noite, a chuva forte
Desmancha-se em airosa ventania
Uivando pelas frestas feito morte
Varando a madrugada em agonia
No teu murmúrio infindo, Vai meu norte
Numa canção de dor que principia,
Relâmpagos cortando a noite fria
Deixando meu destino à própria sorte
Treme-se a terra, em fortes trovoadas
No meu tormento, em tristes gargalhadas,
Que o belo, em mim, se veste em tais flagelos
Talvez, quando o meu corpo se fluir
Eu me alegre na chuva que cair
E os raios e trovões me sejam belos.
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