Meu coração
Este meu coração, pobre coitado
De descontente bate, depois para
E faz da tarde, o dia, em noite clara
Feito um louco arrebol desatinado
Nos golpes deste amor desesperado
Meu coração perdido, a noite vara,
Palpita em descompasso e nunca sara
Vivendo neste peito desgraçado
Perante teu desprezo e o desencanto
Singrei as negras águas do meu pranto
Num rio de lamúria e de pavor
E a dor que em mim tornou-se tão feroz
Fez do meu grito um brado tão algoz
Que terra estremeceu de tanta dor
Nenhum comentário:
Postar um comentário