E quando vejo na tristura plena
Se debruçares no recosto eterno
No mausoléu trescala tão serena
A bruma triste para saudar o inverno
Plangente chora a inefável ida
Abraça-se à imagem em total candura
Jamais entende porque vai-se à vida
Ajoelhada sobre a sepultura
E frente ao rosto, do senhor, em pranto
Deitou-lhe salmos e teceu-lhe um canto
Pediu, quem sabe, uma ressurreição
Mas Deus te olhou igual um pai de LUZ
Por ti morreu pregado numa cruz
E balbucias tanta prece em vão....