O sol e a lua - Sérgio Carvalho

sábado, 31 de dezembro de 2011





Eu vivo preso no meu sentimento
Num desvario que me leva ao nada
Dentro de mim, ouvindo o meu lamento
Nas lentas noites pela madrugada


Sou a prisão que cerca o mar medonho
Que brilha o sol, entre as sendas esguias
Quando desperto no arrebol tristonho
Badala os sinos no final dos dias


AI! Se o meu verso fosse o meu alento
Desse-me a paz, que a brisa trás do vento
Me transportasse para um sonho infindo


Eu deixaria de gritar ao léu
Minh'alma iria flutuar no céu
E a morte iria me levar sorrindo

3 comentários:

  1. Querido irmão, magnífico soneto esse. Um estilo que lembra Cruz e Souza. Parabéns! Abraço do Gonçalves.

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  2. Não me canso de adorar este soneto seu...É o mais lindo que já li na minha vida!!!Abração e felicidades!

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  3. Sérgio, escrevestes um excelente poema aqui. Uma busca interior profunda, diria até existencial, e um final belo, com uma mensagem de otimismo e esperança. És um ótimo poeta, deve continuar escrevendo, ousar. Buscar os mais profundos questionamentos da vida, da existências e seus reflexos sociais... Mas sem perder jamais a ternura e o lirismo dos versos. Parabéns poeta!

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