JAZIGO DO AMOR(soneto)
(versos decassílabos, ritmo heróico)
Oh! Noiva amada vem velar meu pranto
Nos pomos alvos, de mortal ternura
Que as flores mortas, que deitei-lhe em canto
Cobrem c’os lírios nossa sepultura
Sobre teu leito, que a bruma trescala
Vamos fulgir no mausoléu o amor
Dois corpos frios se amarão na vala
Por entre as cruzes num fanal de dor
Mil vermes loucos nossos corpos comem
Estulto amor só de pudores nossos
S’enlaçam pútreos num ranger de ossos
E em altivos fulvos que nos prados somem
Riscou o espaço num enlace eterno
E encheu de amor, o breu do próprio inferno
Oi,tudo bem?
ResponderExcluirAdoravelmente belo seu soneto!felicidades meu amigo...E abraços!
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