SOU ASSIM...
Sou como aquela nuvem solitária
Feito a lua do inverno mais gelado
A prece mais dorida Imaginaria
O lírio lá no campo abandonado
Pelos atros da noite, em dor talhado,
De um sussurro cortando a pradaria,
Vai meu lúgubre vulto amargurado
Num suplício de dor e de agonia
Como a bruma que segue sem destino
Eu ando pela vida em rumo incerto
Perdido pelas trilhas de um deserto
Tão triste quanto o som daquele sino
Que plange em réquiens de despedida
Quando a terra nos guarda ao fim da vida
Grandioso soneto!
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